quinta-feira

A música !!!!!!!!!!!!!!

Oi Cara!!!
Estou aqui porque me foi apresentada uma reclamação! O video não tocava já há algum tempo!
Nesta questão é a Coroa que é requisitada para arranjar soluções. E aqui estou eu!!! Mas deixa-me contar ... que isto não é fácil ...
No que respeita a música, eu acho que até tenho bom gosto! E as minhas preferências se calhar até não estão muito distantes das suas, Cara! Mas a tecnologia não ajuda! Se eu te disser que estou aqui há uma hora para arranjar uma musiquinha ... você não acredita, não é?
Mas pode crer, que é verdade!!
Em primeiro lugar fui a um site que se chama Video Code Zone. Nome bonito e aparentemente uma vasta gama de temas à escolha. Mas isso é apenas o que parece ... porque, (ou é azar meu ou então não sei o que será) a maior parte deles não abrem - isto é, nós esperamos, esperamos e a musiquinha não aparece.
Depois há dois pequenos pormenores que me põem à beira de um ataque de nervos!!!
1º - do lado esquerdo do ecrã há uma publicidade não sei a quê que nem vi, mas que irrita o mais calmo /ou a mais calma como eu! Uma menina quase com as mamas todas de fora e com um riso bem irritante, saltita constantemente e agride o meu rabo do olho. Ou é essa ou são várias também aos saltinhos.
2º - depois, de cada vez que se pede uma coisa para ouvir, aparece uma caixa que faz um barulho de rolha a saltar e a qual temos que constantemente apagar para prosseguir.

NÃO HÁ QUEM AGUENTE!!!!!!!!!!!!!!!

Irritada já, passei para o YouTube - a minha nova descoberta. E encontrei os videos desta senhora. Isto depois de ter esgotado todos os intérpretes brasileiros de que me lembrei, desde o Roberto Carlos até ao Chico Buarque.
Estou cansada Cara! E sei que não vais gostar de eu ter posto mais um video. Mas juuuuuro que a intenção foi das melhores.
Descobre-me um site só com as musiquinhas que eu mudo tudo outra vez!!!
Mas pleeeeaaaaase ... sem maminhas a saltar... :-)))

terça-feira

Procura


Ao andar pela praia o Cara encontrou uma garrafa com um apelo lá dentro. Não era para ele e agora o Cara pensou onde iría entregar aquele singelo achado.
Quem procurava quem? Quem procurava era jovem ou era idoso e quería fazer o contraponto? Queria o procurante também parir um filho e quería companhia? Dava boa ajuda. E ajudava quem? A rapariga de quem quería um filho ou alguém mais? (Uma parteira, por exemplo...) E só dava ajuda a partir das 20 horas? Nas outras horas como era? Sem ajuda? Tantas questões num simples papel encontrado numa praia longínqua.

quarta-feira

Comments

Coroa, já reparou que andamos aqui os dois às voltas com os textos (os seus muito bonitos, os meus nem por isso) e NINGUÉM nos lê ?
Vou ligar a uns senhores, donos do MURCOM e ABRUPTO e meter uma cunha!
(As cunhas ainda funcionam no seu país? Aqui na Floresta já acabaram há muito...)

Cara
(mal disposto)

segunda-feira

Manias!!

E por falar em comboios ... a Coroa adoooooora viajar de comboio!
De preferência .
De preferência à janela.
De preferência com um livro na mão e uma música agradável no ouvido.
A Coroa por vezes tem manias pequeno-burguesas. Como p. ex. viajar em classe Conforto no Alfa Pendular.
Uma mania que vai abandonar, porque descobriu que a classe Conforto é praticamente igual à classe Turística.
Só com uma única e importante diferença: é 10 euros mais cara.
E ainda com mais uma e irritante diferença: a oferta de uns "phones" que nos permitem acompanhar a triste emissão de vídeo que passa nos televisores de bordo. Qualquer coisa sobre, e com futebolistas. Qualquer coisa que ninguém vê.
A Coroa tem que deixar de ter estas manias pequeno-burguesas.
Só pode continuar a ter algumas singelas manias.
Como p. ex. a de viajar no Alfa Pendular (em classe turística).
Como a de ler um bom livro no intervalo da paisagem que já conhece tão bem.
Como a de comer Barritas crocantes para entreter o estômago colado às costas.
Manias simples. Apenas manias.
Sonhos? Ah! OS SONHOS! Esses a Coroa prefere tê-los lá fora.
À luz da Lua.
No calcorrear dos passeios.
No conforto da noite.
Alguns, doces como "Natas do Céu". Outros, picantes como banda desenhada erótica japonesa.
Mas não no Alfa Pendular! Pelo menos, não no regresso, e nunca no conforto dos 10 euros pagos a mais pela reportagem patética de um dia na vida de um qualquer futebolista!

Coroa

domingo

Sonhos

Ao Cara não lhe agradavam os labirintos. Talvez porque a história de Ícaro não tivesse acabado muito bem. Talvez porque pensasse, muitas vezes, que a sua vida parecia um labirinto. Porque não percebía tudo muito bem, ele não gostava de labirintos.


O Cara estava calmamente na sua floresta. Não imaginava saír dali tão cedo.
No entanto,um trabalho urgente na Cidade Grande obrigou-o a viajar.
A primeira etapa, feita de canoa, foi breve. A seguir tinha um longo percurso a fazer - seis, sete horas - num comboio que não primava pelo conforto.
Acomodou a sua mala grande no vagão das bagagens e, com a sua carteira e um livro, procurou o seu lugar. Não havia marcações. Sentou-se num banco, junto à janela, por sinal o único que tinha outros lugares de frente. O resto da composição tinha os bancos dispostos de modo diferente. Ainda antes da partida, cansado das emoções e nervoso pela viagem que ía fazer, encostou a cabeça ao vidro e adormeceu.


Na sua mente desfilavam tempos antigos. Sonhava com facilidade. Foi nessa altura que ela chegou. Sentou-se à sua frente. De idade indefinida, tanto lhe parecia uma menina adolescente como uma mulher na idade de ouro. Tudo dependía do semicerrar dos olhos. Era perfeita. Alta, muito esbelta. O Cara começou a ficar perturbado. O coração, esse orgão tão estranho que, diziam, comandava sentimentos, começou a bater de modo diferente. O Cara olhava-a fixamente tentando perceber qual sería a reacção aos seus olhares insistentes.
E, pareceu-lhe, adormeceu de novo. Ao reabrir os olhos, não quería acreditar no que via. Ela alí estava à sua frente, completamente nua. Um corpo lindo, magro mas não esquelético. Morena, formas perfeitas, uns seios pequenos que pediam um toque, suave. Os seus olhos, verdes (azuis?) eram um lago perfeito onde apetecia mergulhar. As pernas, longas, dobravam-se elegantemente. Naquele preciso momento, com as pernas muito unidas, os seus joelhos tocavam os do Cara. Sem constrangimentos. O Cara olhava-a, entre divertido e ansioso.
Foi nessa altura que ela se chegou à frente. Com toda a naturalidade e um sorriso lindo beijou-lhe os lábios. Um toque apenas, ao de leve. Voltou a recostar-se no banco, sorrindo sempre. O Cara, orfão de carinhos e carícias, queria mergulhar naquele olhar, agarrar os pequenos seios que o chamavam. Queria abraçá-la, ficar ali, eternamente, agarrando aquele momento.
Foi nessa altura que o comboio, por qualquer motivo imprevisto, fez uma brusca paragem. O Cara, talvez pela surpresa, foi projectado para o banco da frente. Que se encontrava vazio. Como sempre estivera desde que a viagem tinha começado.